Gênero: Aventura, Ação
Direção: Neil Burger
Roteiro: Evan Daugherty, Vanessa Taylor
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet, Ansel Elgort, Ashley Judd, Jai Courtney, Zoë Kravitz, Miles Teller, Tony Goldwyn, Ray Stevenson, Maggie Q, Mekhi Phifer, Ben lloyd-Hughes, Christian Madse.
Impossível não comparar Divergente com as sagas anteriores Jogos Vorazes, Crepúsculo e Harry Porter. Parece que virou moda em passar para as telonas, os grandes best-sellers da literatura juvenil, o que tem dado certo. A diferença figura na história (óbvio) e nos protagonistas com suas atuações peculiares. Dos longas citados, a Bella de Crepúsculo é a que mais divide opiniões: há quem a ame ou a odeie, sendo unânime a ausência de expressão (graças às críticas, a atriz esboçou reações nos dois últimos filmes). Já Katniss e Harry são fortes, convictos e desbravados, ainda que muitas vezes o medo seja presente.
Em Divergente, obra de Veronica Roth, temos a Beatrice Prior, interpretada por Shailene Woodley. A atriz constrói a personagem um pouco insossa de início, mas depois entendemos que a jovem está no processo de escolher o seu destino, logo o receio é estampado no rosto. Porém, a sua personalidade lhe impulsiona para enfrentar os medos e ter coragem para encarar qualquer desafio.
O filme começa com uma narração em
off da protagonista que explica sobre uma
guerra que atingiu a cidade onde vive, a qual foi cercada por um grande muro e foi dividida em cinco
facções definidas de acordo com as respectivas funções: Franqueza (os
honestos), Abnegação (os altruístas), Audácia (os corajosos), Amizade
(os pacíficos) e Erudição (os
inteligentes). Essa divisão foi necessária a fim de controlar a
sociedade para manter o equilíbrio e a paz. Das cinco facções, Beatrice
descende a dos altruístas, cuja função é servir ao governo e ajudar aos
necessitados. Porém é nítida sua admiração pela facção Audácia. E ao
completar 16 anos, ela e os demais jovens dessa idade realizam o teste
de aptidão, cujo resultados determinam qual facção o indivíduo
pertencerá. O momento da decisão é realizado numa grande
cerimônia de iniciação, onde os jovens tornam público a que grupo querem
pertencer o resto de suas
vidas, se é com a família na facção de origem ou
em outra.
No
entanto, o teste de Beatrice é inconclusivo, pois o resultado mostra
que ela tem aptidões para mais de uma facção, o que a define como
Divergente. Assim, ela é aconselhada por Tori (integrante do governo que
realiza os testes) a manter segredo do resultado, pois pessoas com essa
habilidade são vistas como uma ameaça pelo governo regente, uma vez
que possuem pensamentos diferentes do resto da sociedade e são difíceis
para o governo controlar. Então, no dia da cerimônia, Beatrice decide
pela facção
Audácia, surpreendendo a todos com sua decisão. Lá ela se torna Tris
cria amizades com alguns membros e alguns desafetos também. Seu objetivo
é tentar se manter na Audácia, ganhando pontos nos treinamentos que
recebe. Junto com Quatro (instrutor do grupo), ela lutará contra imposições que governo quer
implantar na sociedade.
Beatrice é surpreendente e Shailene conseguiu dar um tom certo para o papel, convencendo ao espectador. Junto a ela, o elenco feminino está em alta: a Oscarizada Kate Winslet como Jeanine Matthews, traz uma altivez digna de uma vilã fria, passiva e calculista, sua presença apaga a protagonista. Ashley Judd, como Natalie Prior, mãe de Beatrice também deu seu brilho com uma participação fundamental na trama no pouco tempo que lhe deram. E Maggie Q, como Tori, não ficou tão limitada, ela foi importante para protagonista ao instruí-la sobre ser Divergente.
Completando a lista, o galã Theo James, como Quatro deu a impressão de cumprir o roteiro, sendo regular. Quase que ficou na inexpressividade, mas conseguiu desenvolver (pouco) o ar de misterioso que o papel exige. O tempo não foi suficiente para emplacar um romance com Beatrice. Já o Jay Courtney (Eric, instrutor junto com Quatro) é um perfeito sádico, conseguiu superar ainda mais Jeanine em termos de maldade. Os atores Ansel Elgort (Caleb Prior, imão de Beatrice) e Tony Goldwyn (Andrew Prior), também deixaram suas marcas.
Desobediência e livre arbítrio são pontos que estão fora de questão nesta sociedade futurista que o texto de Veronica Roth trata e que os roteiristas conseguiram passar no longa. No começo somos apresentados a cada facção que integra a sociedade com cores e figurinos próprios. Porém, o cenário futurista parece não haver elementos que confirmem isso. Tudo está muito semelhante aos tempos atuais. Só os sistemas tecnológicos que uma das facções dispõe, confirmam que o futuro atingiu seu grau altíssimo de inovação (e ainda assim não impressiona muito). A inovação se destaca: o controle do governo através de substâncias ou programas computacionais para fins próprios.
No entanto, isso não foi tão bem trabalhado. Só é evidente no final do longa, pois o diretor Neil Burger passou tempo demais em cima dos treinamentos físicos e mentais que a protagonista passa, chegando a ficar monótono. Algumas sequências dão um ritmos profundos, outras são rasas, mas garantem ao público uma história com a mensagem de encarar a soberania com convicção dos ideias. E isso ganha agilidade no final com bastante ação, talvez com as próximas produções esse ponto seja explorado ganhando mais proporcionalidade.
Veja as fotos do filme na fanpage aqui.
Assisti esse filme na segunda e, estou apaixonada por ele!!! Necessitando do livro pra ontem... Adorei o blog!!
ResponderExcluirParticipa da promoção que está rolando lá no meu blog??? http://trezeparameianoite.blogspot.com.br/2014/04/dia-mundial-do-leitor-promocao.html#.U1hKhlVdW4k
Beijos!!!