Gênero: Aventura, Ação
Direção: Marc Webb
Roteiro: Alvin Sargent, James Vanderbilt, Steve Kloves
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Denis Leary, Martin Sheen, Sally Field, Irrfan Khan, Campbell Scott, Embeth Davidtz, Chris Zylka, Max Charles
Direção: Marc Webb
Roteiro: Alvin Sargent, James Vanderbilt, Steve Kloves
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Denis Leary, Martin Sheen, Sally Field, Irrfan Khan, Campbell Scott, Embeth Davidtz, Chris Zylka, Max Charles
Tudo de novo. É isso que pensamos diante do reboot O
Espetacular Homem-Aranha, que reproduz toda a história do herói já contada em
2002 pelas mãos do diretor Sam Raimi na adaptação O Homem-Aranha, filme baseado
na HQ da Marvel criado por Stan Lee e Steve Ditko nos anos 60, o qual resultou
em trilogia com um sucesso rendendo em torno de US$ 2,5 bilhões nas bilheterias
para a Marvel Studios e a distribuidora Sony Pictures Entertainment. Na época,
o herói mascarado foi protagonizado por Tobey Maguire, já o novo Homem-Aranha
(versão ultimate), sob a direção de Marc Webb, é interpretado pelo ator Andrew
Garfield.
A trama não apresenta grandes novidades para quem já conhece
a história do personagem Peter Parker, sobretudo, em relação à sua gênese como
super-herói. A diferença está no roteiro e na forma como esta história é
contada. Em ambos temos o jovem tímido, nerd, impopular da escola, que mora com
seus tios, Ben e May, desde que seus pais faleceram. Gosta da menina de sua
turma, ganha poderes ao ser picado por uma aranha geneticamente modificada, o
que lhe permite ter reflexos e habilidades de escalar paredes, tetos e emitir
teias fortes (bem agora é pelo lançador de teias). Acrescente-se também a morte
do tio nas mãos de um ladrão que ele poderia ter detido horas antes do
incidente sem dificuldades. Bem, há algo novo???
Desnecessário um recomeço tão cedo com os mesmos elementos, quando temos na memória toda história fresquinha de 2002. No entanto, o reboot de 2012 deu um toque a mais, tanto no protagonista e em seus objetivos. Aqui Peter é introvertido que anda de skate, sua timidez não o impede de enfrentar os valentões na escola, ele também carrega um drama pessoal por conta do desaparecimento de seus pais, o que lhe motiva descobrir a causa disso, sobretudo, ao encontrar uma misteriosa maleta e investigar o que de fato ocorreu com eles. Processo que o leva à Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), antigo sócio de seu pai, e (mais tarde) o inimigo do Homem-Aranha após se transformar no Lagarto, por causa da solução de uma equação feita por Parker de um experimento com o DNA de um réptil que Connors trabalhava e injetou em si mesmo com o intuito de recuperar seu braço perdido, porém o resultado foi outro. Paralelo a isso, Parker está com sede de vingança em capturar o assassino de seu tio sob alter-ego de Homem-Aranha. E com isso tem que aprender lidar com compromissos, responsabilidades e superar fraquezas.
A primeira vista o roteiro parece uma releitura, porém aos
poucos o texto ganha um viés mais independente com mais agilidade. Nisso drama
e emoção ganham destaque graças à atuação de Andrew Garfield que contribuiu
muito bem no papel de Parker. Foi uma grande responsabilidade para o ator
assumir um personagem já consagrado pelo ator Tobey Maguire. O restante do
elenco também é um ponto forte: Emma Stone (Gwen Stacy) é a namoradinha ativa e
estabelece bons diálogos com o protagonista. Martin Sheen e Sally Field
são figuras excelentes na pele de Tio Ben e Tia May, respectivamente, só faltou
a frase de efeito dele tão conhecida pelos fãs (“com grandes poderes,
vem grandes responsabilidades”), surgindo apenas o da tia ("segredos têm
um preço"). Rhys Ifans como dr. Connors manda bem em seu personagem que
não aceita a mutilação de um braço, a atuação fica prejudicada na parte
computadorizada como Lagarto. Mas como vilão em si, foi ótimo.
De modo geral, o filme é muito bom. Até os fãs da trilogia de Sam Raimi gostarão, claro levantado comparações (Andrew pode ser ótimo, mas Maguire sempre será o eterno Homem-Aranha). O ponto negativo do filme é o enredo recontado com mais duração soando monótono. Porém, o desenvolvimento de Parker/Homem-Aranha alcança grandes proporções e até acelera mais a trama com dramas, emoções e sequencias dos movimentos pelos arranhas céus - uma tecnologia bem empregada através da captação de imagens, favorecendo a fotografia. O Homem-Aranha (ultimate) está bem mais humanizado. Ele erra, às vezes é rebelde ou sarcástico e também se machuca (feio), aliado a isso, a trilha sonora confere tons exatos de acordo com cada sequência. Assim, como a envolvente canção "Til' Kingdom Come", do Coldplay que transmite a emoção de Parker em seu skate e nas correntes (treinando na habilidade que agora possui). Tudo muito bem trabalhado.
Detalhe importante: o filme vem com a promessa de retorno
(1ª de maio) e traz cena pós créditos bem misteriosa com Dr. Connors. E
obviamente, somos agraciados com a presença de Stan Lee em uma sequência bem agradável.
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