sexta-feira, 4 de abril de 2014

Filme Homem de Ferro (1,2 e 3)

Trilogia do gênio, bilionário, playboy e filantropo 


Lançado em 2008, o herói Homem de Ferro foi resgatado dos quadrinhos dos anos 60 para os cinemas. O personagem criado por Stan Lee, entra no hall de melhores adaptações de HQ’s devido a escolha certa de personagens, ótimas cenas de ação e uma surpreendente direção, os quais caíram no gosto do público, com direito a sequencias. 

Pra começar, a escolha perfeita para o protagonista: Robert Downey Jr. O ator que teve problemas no passado com drogas, volta em grande estilo às telonas. Ele interpreta com tanta facilidade o Tony Stark que hoje é difícil separar o ator do personagem, pode se resumir que Robert Downey Jr é Tony Stark, pois com técnicas próprias, ele deu um senso de humor ao personagem de forma muito natural que hoje é inimaginável pensar em outro ator como Homem de Ferro/Tony Stark, sem ser o Robert Downey Jr.



Na história, Tony Stark é um bilionário herdeiro de seu pai Howard Stark e diretor executivo das indústrias Stark, a maior fornecedora de armas do exército americano. O bon vivant, de personalidade um tanto arrogante, curte sua vida em cassinos rodeado de mulheres. Gosta de satisfazer seus caprichos e pouco se importa com os compromissos de trabalho. Claro, que para isso, ele conta com sua fiel assistente Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) que está sempre alheia ao cumprimento das responsabilidades que o playboy desdenha. E com J.A.R.V.I.S, uma voz computacional que lhe ajuda nas invenções tecnológicas

No entanto, a vida de Tony toma outro rumo com a armadura sob alter-ego do Homem de Ferro, o que de certa forma alimenta seu ego convertendo-lhe em herói atípico e sarcástico que tanto o define.


Homem de Ferro (2008)

O primeiro filme é dirigido por Jon Favreau (que também faz o motorista Happy Hogan) e o time de roteiristas é formado por Mark Fergus, Hawk Ostby, Art Marcum e Matt Holloway. Na primeira adaptação, a produção manteve-se impecável amarrando bem os fatos sem ficar na mesmice de bem x mal que é tão clichê nos filmes de herói. Cenas envolventes com ótimos efeitos especiais, boas piadas, diálogos e uma trilha sonora com os clássicos do Rock - como Back In Black (do AC/DC) e, lógico, Iron Man (do Black Sabath) - seduzem o público.

Tony Stark sofre um atentado no Afeganistão pelo grupo terrorista Os Dez Anéis, após apresentar a nova arma de sua indústria, o míssil Jericho. Ele é sequestrado e obrigado a fabricar o tal armamento no cativeiro, mas, ao invés disto, constrói uma armadura que lhe permite fugir de lá. Ele conta com a ajuda de Dr Yinsen (Shaun Toub, atuação regular mas que deu conta do recado), que salvou a sua vida pondo-lhe um eletroimã em seu peito para evitar que os estilhaços de bombas do atentado atinjam o coração. 


Após a sua fuga, Stark toma consciência sobre o comércio das armas e reflete quem é o inimigo nessa guerra de proteger a nação. Uma crítica bem inteligente que Jon Favreau levantou da política norte-americana sobre a venda de armas para os que serão "futuros inimigos" (será que são inimigos mesmo?). Essa percepção de Stark o leva fechar o setor de armamentos das indústrias e concentrar seus esforços em aprimorar a armadura  A partir daí, interesses são revelados e somos apresentados ao antagonista Obadiah Stane (Jeff Bridges), um dos sócios da empresa que reconstrói a armadura que Tony usou na fuga - e ao insistente Phil Coulson (Clark Gregg), agente da futura SHIELD, que quer saber o que aconteceu com Tony e também dar-lhe respaldo, função essa exercida pela Pepper (Gwyneth Paltrow), e o coronel Jim Rhodes (Terrence Howard), que muitas vezes dá cobertura ao amigo aventureiro.

O inimigo Obadiah Stane revela seu plano para matar Stark

As cenas de Stark com a armadura esbanja qualidade nos efeitos especiais e envolve o espectador a ponto de perder o fôlego. O confronto dele contra Obadiah (revelou-se aliado aos Dez anéis) vai tomando várias proporções os quais prende o público. Aliás, Jeff Bridges foi um vilão em tanto. O filme ainda deixa recado para próxima sequência com cenas pós créditos em que aparece Nick Fury (Samuel L. Jackson) mencionando os Vingadores. Tudo com o gostinho de quero mais, que foi saboreado em 2010 com a segunda sequencia da franquia.


Homem de Ferro 2 (2010)

A segunda sequencia ainda é dirigida por Jon Favreau, porém com outros roteiristas e com a produção de Susan Downey. Junto ao Tony Stark, Pepper e Rhodes (agora muito bem interpretado por Don Cheadle) somos apresentados a espiã Natasha Romanov (Scarlett Johansson), aos vilões Ivan Vanko (Mickey Rourke) e Justin Hammer (Sam Rockwell). O motorista Happy Hogan, Agente Coulson e Nick Fury ganham mais espaço nesta sequencia. E Pepper está mais ativa emplacando um romance com adorável egocêntrico.

A qualidade se mantém com mais efeitos especiais e um destaque para as coreografias de lutas. Inclusive somos brindados com o confronto entre Homem de Ferro versus Máquina de Combate (Rhodes) e a exuberância de Natasha.













O longa continua na cena do primeiro filme em que Tony Stark revela ao mundo ser o Homem de Ferro. Com isso ele é pressionado pelo comitê do senado americano a entregar a tecnologia da armadura ao governo para aplicações militares. No entanto, Stark se recusa publicamente sem perder a pose de bad boy. Sua exposição à mídia chama atenção de Ivan Vanko, inimigo da família Stark que quer vingar a memória de seu pai, e encontra no empresário Justin Hammer, concorrente de Tony no fornecimento de armas e um cobiçador da tecnologia da armadura, um grande aliado. Juntos, os vilões criam armaduras de combate para superar o bilionário. Como se não bastasse isso, Tony ainda enfrenta problemas de saúde por causa do metal paládio no reator arc em seu peito que o mantém vivo mas que está lentamente lhe envenenando. Com receio de morrer, ele nomeia Pepper a presidente da empresa e Natalie Rushman do setor jurídico (que na verdade é uma espiã da SHIELD, Natasha Romanov), como sua nova assistente.

Diferente do primeiro filme, este já entrega desde o começo o que Tony vai enfrentar, então boa parte cede espaço as várias cenas de ação que estão maiores e aos personagens que estão surgindo, até reflexos dos acontecimentos de Thor o filme ressalta (cena pós créditos). Os motivos dos vilões são clichês, mas os próprios são desproporcionais: Ivan Vanko (palmas para Mickey Rourke que superou o primeiro vilão) é bem dramatizado com razões familiares para enfrentar Stark, já Hammer chega ser patético. E claro, Nick Fury com a deixa dos Vingadores está mais ao lado de Tony Stark para solucionar o problema com o paládio.


Homem de Ferro 2 foi um grande sucesso de bilheteria e arrecadou na América do Norte mais de 312 milhões de dólares e 309,6 milhões em outros países para um total mundial de US$ 621.751.988,00. Nos Estados Unidos e Canadá o filme foi o terceiro mais visto do ano atrás. Foi também a sétima produção mais vista nos cinemas internacionais em 2010. A trilha do filme foi produzida pela banda australiana AC/DC, que inclusive lançou um álbum com a trilha sonora do filme, intitulado AC/DC: Iron Man 2.


Homem de Ferro 3 (2013)

Jon Favreau saiu da direção, mas se manteve no elenco. Seu personagem ganhou importância aqui. Com ele voltam em cena, Robert Downey Jr, Gwyneth Paltrow e Don Cheadle. Quem assume a direção é Shane Black que também roteirizou o longa junto com Drew Pearce. Este filme criou muitas expectativas, no entanto as mesmas não agradaram muita gente. Já os efeitos especiais superaram. Se já era bom, aqui melhorou demais, com direito a indicação ao Oscar na categoria de melhor efeitos visuais.  


Diferente dos longas anteriores, aqui não há SHIELD pois o governo americano ainda tem exército forte para o qualquer ameaça (é o que se subentende), não ouvimos nenhum clássico do Rock durante a trama, as piadas estão forçadas, o único gancho que o filme faz com "Os Vingadores" (não espere mais que isso) é que Tony Stark está mais vulnerável com estresse pós traumático e obcecado em criar novas armaduras devido as consequências dos eventos ocorridos em Nova York. Ressalte-se também o objetivo dos vilões, um tanto confuso, a reviravolta (desconcertante) do inimigo mais temível dos quadrinhos - Mandarim - e o subaproveitamento de personagens como Pepper e Rhodes, que tiveram momentos importantes de destaques, mas mal trabalhado pelo roteiro. 

Claro, que nem tudo está ruim. É um deleite ver a atuação de Robert Downey Jr que segurou bem o filme, com sua essência, o jeito despojado e charme que tanto conquistaram o público. As cenas de ação é de perder o fôlego, como o tenso resgate aéreo, os confrontos em um petroleiro abandonado, explosões humanas (é tem isso). Tudo uma perfeição.


No filme, temos a narração em off de Stark e a história dá uma volta no tempo, chegando ao ano de 1999, num reveillon, em que Tony Stark conhece em um congresso científico em Berna (Suíça), a bióloga Maya Hansen (Rebecca Hall, foi só um rosto bonito e um respaldo para a trama) e o cientista Aldrich Killian (Guy Pearce até tentou ser ameaçador). Anos mais tarde Maya e Killian retornam, agora unidos pois ela como criadora da tecnologia Extremis, método capaz de regenerar membros mutilados e converter os hospedeiros em bombas humanas, beneficiou Killian que se curou das próprias deficiências. E ele quer que as indústrias Stark colabore em seus projetos do I.M.A. No entanto, ele é mais uma vez rejeitado (já havia sido em 1999 quando Stark o ignorou no congresso) e isso nutre sede de vingança por parte do vilão. Já Maya apenas quer que Stark ajude-a a resolver as falhas do Extremis.

Para desviar a atenção dos efeitos do Extremis, a figura terrorista Mandarim (Ben Kingsley, que figura!!!) surge com seus discursos impactantes juntos com atentados pelo mundo exibidos em rede nacional. Em um destes atentados, o segurança pessoal de Stark, Happy Hogan (Favreau) é atingido por uma estranha explosão, o que gera a fúria de Tony e desafia o vilão para um duelo em sua própria casa. O resultado: a mansão do bilionário destruída e o próprio dado como morto. Entretanto, Stark está vivo em outra cidade investigando a natureza dessas explosões misteriosas que vêm ocorrendo e como chegar até Mandarim. Além de impedir o assassinato do presidente, objetivo de Killian que quer comandar o país através do vice-presidente que por sua vez almeja o Extremis para curar a deficiência de sua filha. Nesta situação, Stark contará com o auxílio do garoto Harley (Ty Simpkins ora fofo, ora chato) e JARVIS (Paul Bettany) em todo este processo.


Ou seja, como no segundo filme, temos dois vilões um em que o personagem ressentido só está ali para atrapalhar a vida alheia e outro medonho. Um dos momentos mais esperados é quando Stark fica cara a cara com Mandarim, porém uma reviravolta acontece de forma cômica e um tanto ridícula. A partir daí várias sequências de ações surgem, Rhodes reaparece e várias armaduras dão um show. Só é lastimável algumas situações que deixam lacunas e as cenas pós créditos não oferecem nenhuma ligação do que está por vir em próximos filmes da Marvel ou nos Vingadores 2. Parece que foi apenas um preenchimento a ser obedecido.

O filme peca muito no roteiro, é confuso, denso não traz uma profundidade na parte do terrorismo internacional. Se não fosse pela caracterização e as falas de Ben Kingsley como Mandarim, esta parte seria bem prejudicada. O mesmo não se pode dizer do próprio Mandarim, mas para compensar essa falha, a Marvel criou um curta só para o dito personagem disponível no Blu-ray de Thor 2 - O Mundo Sombrio. Excetuando isso, o filme em si está de parabéns em ação e nos efeitos que estão com mais dinamicidade e adrenalina pura.

 


Veja as fotos a trilogia aqui

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