terça-feira, 22 de abril de 2014

Filme Divergente



Gênero: Aventura, Ação
Direção: Neil Burger
Roteiro: Evan Daugherty, Vanessa Taylor
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Kate Winslet, Ansel Elgort, Ashley Judd, Jai Courtney, Zoë Kravitz, Miles Teller, Tony Goldwyn, Ray Stevenson, Maggie Q, Mekhi Phifer, Ben lloyd-Hughes, Christian Madse.





Impossível não comparar Divergente com as sagas anteriores Jogos Vorazes, Crepúsculo e Harry Porter. Parece que virou moda em passar para as telonas, os grandes best-sellers da literatura juvenil, o que tem dado certo. A diferença figura na história (óbvio) e nos protagonistas com suas atuações peculiares. Dos longas citados, a Bella de Crepúsculo é a que mais divide opiniões: há quem a ame ou a odeie, sendo unânime a ausência de expressão (graças às críticas, a atriz esboçou reações nos dois últimos filmes). Já Katniss e Harry são fortes, convictos e desbravados, ainda que muitas vezes o medo seja presente.

Em Divergente, obra de Veronica Roth, temos a Beatrice Prior, interpretada por Shailene Woodley. A atriz constrói a personagem um pouco insossa de início, mas depois entendemos que a jovem está no processo de escolher o seu destino, logo o receio é estampado no rosto. Porém, a sua personalidade lhe impulsiona para enfrentar os medos e ter coragem para encarar qualquer desafio.



O filme começa com uma narração em off da protagonista que explica sobre uma guerra que atingiu a cidade onde vive, a qual foi cercada por um grande muro e foi dividida em cinco facções definidas de acordo com as respectivas funções: Franqueza (os honestos), Abnegação (os altruístas), Audácia (os corajosos), Amizade (os pacíficos) e Erudição (os inteligentes).  Essa divisão foi necessária a fim de controlar a sociedade para manter o equilíbrio e a paz. Das cinco facções, Beatrice descende a dos altruístas, cuja função é servir ao governo e ajudar aos necessitados. Porém é nítida sua admiração pela facção Audácia. E ao completar 16 anos, ela e os demais jovens dessa idade realizam o teste de aptidão, cujo resultados determinam qual facção o indivíduo pertencerá. O momento da decisão é realizado numa grande cerimônia de iniciação, onde os jovens tornam público a que grupo querem pertencer o resto de suas vidas, se é com a família na facção de origem ou em outra.

No entanto, o teste de Beatrice é inconclusivo, pois o resultado mostra que ela tem aptidões para mais de uma facção, o que a define como Divergente. Assim, ela é aconselhada por Tori (integrante do governo que realiza os testes) a manter segredo do resultado, pois pessoas com essa habilidade são vistas como uma ameaça pelo governo regente, uma vez que possuem pensamentos diferentes do resto da sociedade e são difíceis para o governo controlar. Então, no dia da cerimônia, Beatrice decide pela facção Audácia, surpreendendo a todos com sua decisão. Lá ela se torna Tris cria amizades com alguns membros e alguns desafetos também. Seu objetivo é tentar se manter na Audácia, ganhando pontos nos treinamentos que recebe. Junto com Quatro (instrutor do grupo), ela lutará contra imposições que governo quer implantar na sociedade.













Beatrice é surpreendente e Shailene conseguiu dar um tom certo para o papel, convencendo ao espectador. Junto a ela, o elenco feminino está em alta: a Oscarizada Kate Winslet como Jeanine Matthews, traz uma altivez digna de uma vilã fria, passiva e calculista, sua presença apaga a protagonista. Ashley Judd, como Natalie Prior, mãe de Beatrice também deu seu brilho com uma participação fundamental na trama no pouco tempo que lhe deram. E Maggie Q, como Tori, não ficou tão limitada, ela foi importante para protagonista ao instruí-la sobre ser Divergente.

Completando a lista, o galã Theo James, como Quatro deu a impressão de cumprir o roteiro, sendo regular. Quase que ficou na inexpressividade, mas conseguiu desenvolver (pouco) o ar de misterioso que o papel exige. O tempo não foi suficiente para emplacar um romance com Beatrice. Já o Jay Courtney (Eric, instrutor junto com Quatro) é um perfeito sádico, conseguiu superar ainda mais Jeanine em termos de maldade. Os atores Ansel Elgort (Caleb Prior, imão de Beatrice) e Tony Goldwyn (Andrew Prior), também deixaram suas marcas.












Desobediência e livre arbítrio são pontos que estão fora de questão nesta sociedade futurista que o texto de Veronica Roth trata e que os roteiristas conseguiram passar no longa. No começo somos apresentados a cada facção que integra a sociedade com cores e figurinos próprios. Porém, o cenário futurista parece não haver elementos que confirmem isso. Tudo está muito semelhante aos tempos atuais. Só os sistemas tecnológicos que uma das facções dispõe, confirmam que o futuro atingiu seu grau altíssimo de inovação (e ainda assim não impressiona muito). A inovação se destaca: o controle do governo através de substâncias ou programas computacionais para fins próprios.

No entanto, isso não foi tão bem trabalhado. Só é evidente no final do longa, pois o diretor  Neil Burger passou tempo demais em cima dos treinamentos físicos e mentais que a protagonista passa, chegando a ficar monótono. Algumas sequências dão um ritmos profundos, outras são rasas, mas garantem ao público uma história com a mensagem de encarar a soberania com convicção dos ideias. E isso ganha agilidade no final com bastante ação, talvez com as próximas produções esse ponto seja explorado ganhando mais proporcionalidade.






















Veja as fotos do filme na fanpage aqui.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Filme Capitão América: O Soldado Invernal



Gênero: Aventura, Ação
Direção: Anthony e Joe Russo
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Elenco: Chris Evans, Scarlett Johanson, Sebastian Stan, Hayley Atwell, Robert Redford, Cobie Smulders, Anthony Mackie, Samuel L. Jackson, Emily Van Camp, Frank Grillo, Georges St Pierre,





Se o primeiro longa tinha um ritmo de acordo com o contexto de época, sem perder a qualidade típica dos filmes da Marvel da fase 1 inovando a versão do herói, este, que compõe a fase 2, superou o primeiro filme, digno de ser um dos melhores da empresa, ao lado de Os Vingadores (2012) e Homem de Ferro (2008), com um roteiro muito bem elaborado de Christopher Markus e Stephen McFeely que inseriram reviravoltas, dentro de um contexto de espionagem, com muito suspense e ação.


O filme figura mais em Steve Rogers do que no próprio Capitão América, centra-se mais em sua figura humana que dois anos após os eventos de Os Vingadores, tenta se adaptar ao mundo, vivendo em Washington D.C. e trabalhando para SHIELD sem mesmo deixar de contestar intenções da agência, que por sua vez está com a tecnologia aprimorada, o sistema de inteligência está em alto nível e segundo Nick Fury, o próprio Tony Stark inovou o sistema de propulsão dos porta-aviões aéreos (ele conheceu bem o sistema em Os Vingadores).  Essa foi uma inovação necessária para o projeto Insight da SHIELD que consiste em manter paz e ordem no mundo eliminando alvos antes mesmo de eles cometerem qualquer crime, através de 3 porta-aviões com armamentos apontados para tais alvos. Obviamente, Rogers se posiciona contra este projeto (“Achei que punição vinha depois do crime. Isso não é liberdade, é medo.”), e tal fato contribui ainda mais sua insegurança na agência e em toda equipe, como a S.T.R.I.K.E, uma das equipes da SHIELD especializada em operações de alto risco que dá margem a desconfiança, diga-se de passagem o líder Brock Rumlow (Frank Grillo).

Os irmãos Anthony e Joe Russo dirigiram um filme sob uma dinâmica ancorada na pergunta: Qual é a verdadeira intenção da SHIELD? E isso fica evidente em uma das missões que Capitão América realiza: o resgate de um navio cargueiro que sofreu um ataque por mercenários comandados por Batroc. Logo, cabe ao Capitão América, a Viúva Negra e a S.T.R.I.K.E., resgatar e libertar os reféns, dentre eles, o agente da SHIELD Jasper Sitwell (Maximiliano Hernández). No entanto, Rogers descobre que havia também outra missão da qual ele não foi informado e que Natasha foi incumbida de cumprir: extrair informações do computador no navio para um pendrive, sob ordens de Nick Fury,  que novamente, é questionado pelo Capitão sobre ele ocultar-lhe segredos das operações e é nessa ocasião que o diretor lhe revela que o tal navio faz parte do projeto Insight.


A trama está toda amarrada no suspense, na dúvida (quem é o inimigo?) e na rede de espionagem e isso atinge um clímax após Nick Fury sofrer um atentado e suspeitar de uma conspiração dentro da SHIELD. Tudo se complica quando Alexander Pierce (Robert Redford), o chefe da agência, em busca de respostas, pressiona Capitão América sobre o ocorrido com Fury, o qual Rogers se recusa a falar. Em meio a isso, Capitão, Viúva Negra e o soldado veterano Sam Wilson, o Falcão, se unem para averiguar o que está acontecendo e terão que enfrentar um misterioso oponente responsável pelo atentado e cuja identidade é reconhecida pelo Capitão, o Soldado Invernal (Sebastian Stan), um assassino que está a serviço da organização criminosa HYDRA (mais viva do que nunca).

É a conspiração solta pelo ar, cabendo ao espectador entender todo o mistério que o Capitão tentará desvendar. O filme é bem inteligente, aliado a um elenco bem trabalhado, como a presença dos veteranos Chris Evans como Steve Rogers/Capitão América que transparece o receio de confiar em alguém. Hayley Atwell como Peggy Carter, foi um breve retorno, mas o suficiente para emocionar o espectador. Sebastian Stan deixa sua marca bem impactante como um assassino misterioso. Até Arnin Zola papel de Toby Jones retorna em outra versão, explicando detalhadamente sobre a SHIELD e a HYDRA. As beldades Maria Hill (Cobie Smulders) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johanson) ganham mais espaço - a primeira breve, mas relevante, a segunda deixou florescer de vez o lado espiã, cuja atuação clama por um filme solo. Samuel L Jackson, como eterno Nick Fury teve mais dinamicidade e reviravoltas, sua personalidade está mais em destaque.













Os novatos Anthony Mackie esteve bem a vontade como Sam Wilson/Falcão, embora com pouca aparição, soube aproveitar como um parceiro leal de Rogers e nas sequencias com o traje de voo em que a câmera capta cada detalhe dos movimentos. Robert Redford é veterano de filmes dos anos 70 sobre espionagem, o seu papel como Alexander Pierce é cheio de ambiguidade. Foi a escolha certa. Completando a lista, temos a Emily Van Camp (Agente 13), Frank Grillo ( Brock Rumlow, líder da STRIKE) e o lutador Georges St Pierre, como Batroc. Os três últimos tiveram pouco tempo na tela, porém de suma importância em seus respectivos personagens dando profundidade às cenas.













Capitão América: O Soldado Invernal é um filme bem satisfatório com muita investigação e seriedade, apesar de leves tons de piadas naturais, como a presença clássica de Stan Lee e os diálogos descontraídos. Além, disso há uma ligação com o primeiro filme com sequências que relembram personagens do passado de Rogers. O que também confere um pouco de dramaticidade somada à fotografia mais densa. As referências de outros personagens como Tony Stark, Bruce Banner, Stephen Strange (o Doutor Estranho), reforçam mais o universo, como também personagens que talvez retornem no próximo filme. As cenas de perseguições, confrontos e as coreografias de luta são um show à parte, os quais envolvem o público. Nestas cenas, o escudo teve um bom destaque, parecia ter vida própria. Já o Capitão parecia ser dotado de imortalidade, o que talvez exagerou. Mas é uma falha que qualquer um ignora muito fácil.

E claro, como de costume nos filmes da Marvel, as cenas pós créditos que são peças fundamentais do que estão por vir. Uma que envolve personagens ligados a Os Vingadores 2 – A Era de Ultron e um dos grandes inimigos do Capitão América e a outra dedicada ao Soldado Invernal.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Filme Homem de Ferro (1,2 e 3)

Trilogia do gênio, bilionário, playboy e filantropo 


Lançado em 2008, o herói Homem de Ferro foi resgatado dos quadrinhos dos anos 60 para os cinemas. O personagem criado por Stan Lee, entra no hall de melhores adaptações de HQ’s devido a escolha certa de personagens, ótimas cenas de ação e uma surpreendente direção, os quais caíram no gosto do público, com direito a sequencias. 

Pra começar, a escolha perfeita para o protagonista: Robert Downey Jr. O ator que teve problemas no passado com drogas, volta em grande estilo às telonas. Ele interpreta com tanta facilidade o Tony Stark que hoje é difícil separar o ator do personagem, pode se resumir que Robert Downey Jr é Tony Stark, pois com técnicas próprias, ele deu um senso de humor ao personagem de forma muito natural que hoje é inimaginável pensar em outro ator como Homem de Ferro/Tony Stark, sem ser o Robert Downey Jr.



Na história, Tony Stark é um bilionário herdeiro de seu pai Howard Stark e diretor executivo das indústrias Stark, a maior fornecedora de armas do exército americano. O bon vivant, de personalidade um tanto arrogante, curte sua vida em cassinos rodeado de mulheres. Gosta de satisfazer seus caprichos e pouco se importa com os compromissos de trabalho. Claro, que para isso, ele conta com sua fiel assistente Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) que está sempre alheia ao cumprimento das responsabilidades que o playboy desdenha. E com J.A.R.V.I.S, uma voz computacional que lhe ajuda nas invenções tecnológicas

No entanto, a vida de Tony toma outro rumo com a armadura sob alter-ego do Homem de Ferro, o que de certa forma alimenta seu ego convertendo-lhe em herói atípico e sarcástico que tanto o define.


Homem de Ferro (2008)

O primeiro filme é dirigido por Jon Favreau (que também faz o motorista Happy Hogan) e o time de roteiristas é formado por Mark Fergus, Hawk Ostby, Art Marcum e Matt Holloway. Na primeira adaptação, a produção manteve-se impecável amarrando bem os fatos sem ficar na mesmice de bem x mal que é tão clichê nos filmes de herói. Cenas envolventes com ótimos efeitos especiais, boas piadas, diálogos e uma trilha sonora com os clássicos do Rock - como Back In Black (do AC/DC) e, lógico, Iron Man (do Black Sabath) - seduzem o público.

Tony Stark sofre um atentado no Afeganistão pelo grupo terrorista Os Dez Anéis, após apresentar a nova arma de sua indústria, o míssil Jericho. Ele é sequestrado e obrigado a fabricar o tal armamento no cativeiro, mas, ao invés disto, constrói uma armadura que lhe permite fugir de lá. Ele conta com a ajuda de Dr Yinsen (Shaun Toub, atuação regular mas que deu conta do recado), que salvou a sua vida pondo-lhe um eletroimã em seu peito para evitar que os estilhaços de bombas do atentado atinjam o coração. 


Após a sua fuga, Stark toma consciência sobre o comércio das armas e reflete quem é o inimigo nessa guerra de proteger a nação. Uma crítica bem inteligente que Jon Favreau levantou da política norte-americana sobre a venda de armas para os que serão "futuros inimigos" (será que são inimigos mesmo?). Essa percepção de Stark o leva fechar o setor de armamentos das indústrias e concentrar seus esforços em aprimorar a armadura  A partir daí, interesses são revelados e somos apresentados ao antagonista Obadiah Stane (Jeff Bridges), um dos sócios da empresa que reconstrói a armadura que Tony usou na fuga - e ao insistente Phil Coulson (Clark Gregg), agente da futura SHIELD, que quer saber o que aconteceu com Tony e também dar-lhe respaldo, função essa exercida pela Pepper (Gwyneth Paltrow), e o coronel Jim Rhodes (Terrence Howard), que muitas vezes dá cobertura ao amigo aventureiro.

O inimigo Obadiah Stane revela seu plano para matar Stark

As cenas de Stark com a armadura esbanja qualidade nos efeitos especiais e envolve o espectador a ponto de perder o fôlego. O confronto dele contra Obadiah (revelou-se aliado aos Dez anéis) vai tomando várias proporções os quais prende o público. Aliás, Jeff Bridges foi um vilão em tanto. O filme ainda deixa recado para próxima sequência com cenas pós créditos em que aparece Nick Fury (Samuel L. Jackson) mencionando os Vingadores. Tudo com o gostinho de quero mais, que foi saboreado em 2010 com a segunda sequencia da franquia.


Homem de Ferro 2 (2010)

A segunda sequencia ainda é dirigida por Jon Favreau, porém com outros roteiristas e com a produção de Susan Downey. Junto ao Tony Stark, Pepper e Rhodes (agora muito bem interpretado por Don Cheadle) somos apresentados a espiã Natasha Romanov (Scarlett Johansson), aos vilões Ivan Vanko (Mickey Rourke) e Justin Hammer (Sam Rockwell). O motorista Happy Hogan, Agente Coulson e Nick Fury ganham mais espaço nesta sequencia. E Pepper está mais ativa emplacando um romance com adorável egocêntrico.

A qualidade se mantém com mais efeitos especiais e um destaque para as coreografias de lutas. Inclusive somos brindados com o confronto entre Homem de Ferro versus Máquina de Combate (Rhodes) e a exuberância de Natasha.













O longa continua na cena do primeiro filme em que Tony Stark revela ao mundo ser o Homem de Ferro. Com isso ele é pressionado pelo comitê do senado americano a entregar a tecnologia da armadura ao governo para aplicações militares. No entanto, Stark se recusa publicamente sem perder a pose de bad boy. Sua exposição à mídia chama atenção de Ivan Vanko, inimigo da família Stark que quer vingar a memória de seu pai, e encontra no empresário Justin Hammer, concorrente de Tony no fornecimento de armas e um cobiçador da tecnologia da armadura, um grande aliado. Juntos, os vilões criam armaduras de combate para superar o bilionário. Como se não bastasse isso, Tony ainda enfrenta problemas de saúde por causa do metal paládio no reator arc em seu peito que o mantém vivo mas que está lentamente lhe envenenando. Com receio de morrer, ele nomeia Pepper a presidente da empresa e Natalie Rushman do setor jurídico (que na verdade é uma espiã da SHIELD, Natasha Romanov), como sua nova assistente.

Diferente do primeiro filme, este já entrega desde o começo o que Tony vai enfrentar, então boa parte cede espaço as várias cenas de ação que estão maiores e aos personagens que estão surgindo, até reflexos dos acontecimentos de Thor o filme ressalta (cena pós créditos). Os motivos dos vilões são clichês, mas os próprios são desproporcionais: Ivan Vanko (palmas para Mickey Rourke que superou o primeiro vilão) é bem dramatizado com razões familiares para enfrentar Stark, já Hammer chega ser patético. E claro, Nick Fury com a deixa dos Vingadores está mais ao lado de Tony Stark para solucionar o problema com o paládio.


Homem de Ferro 2 foi um grande sucesso de bilheteria e arrecadou na América do Norte mais de 312 milhões de dólares e 309,6 milhões em outros países para um total mundial de US$ 621.751.988,00. Nos Estados Unidos e Canadá o filme foi o terceiro mais visto do ano atrás. Foi também a sétima produção mais vista nos cinemas internacionais em 2010. A trilha do filme foi produzida pela banda australiana AC/DC, que inclusive lançou um álbum com a trilha sonora do filme, intitulado AC/DC: Iron Man 2.


Homem de Ferro 3 (2013)

Jon Favreau saiu da direção, mas se manteve no elenco. Seu personagem ganhou importância aqui. Com ele voltam em cena, Robert Downey Jr, Gwyneth Paltrow e Don Cheadle. Quem assume a direção é Shane Black que também roteirizou o longa junto com Drew Pearce. Este filme criou muitas expectativas, no entanto as mesmas não agradaram muita gente. Já os efeitos especiais superaram. Se já era bom, aqui melhorou demais, com direito a indicação ao Oscar na categoria de melhor efeitos visuais.  


Diferente dos longas anteriores, aqui não há SHIELD pois o governo americano ainda tem exército forte para o qualquer ameaça (é o que se subentende), não ouvimos nenhum clássico do Rock durante a trama, as piadas estão forçadas, o único gancho que o filme faz com "Os Vingadores" (não espere mais que isso) é que Tony Stark está mais vulnerável com estresse pós traumático e obcecado em criar novas armaduras devido as consequências dos eventos ocorridos em Nova York. Ressalte-se também o objetivo dos vilões, um tanto confuso, a reviravolta (desconcertante) do inimigo mais temível dos quadrinhos - Mandarim - e o subaproveitamento de personagens como Pepper e Rhodes, que tiveram momentos importantes de destaques, mas mal trabalhado pelo roteiro. 

Claro, que nem tudo está ruim. É um deleite ver a atuação de Robert Downey Jr que segurou bem o filme, com sua essência, o jeito despojado e charme que tanto conquistaram o público. As cenas de ação é de perder o fôlego, como o tenso resgate aéreo, os confrontos em um petroleiro abandonado, explosões humanas (é tem isso). Tudo uma perfeição.


No filme, temos a narração em off de Stark e a história dá uma volta no tempo, chegando ao ano de 1999, num reveillon, em que Tony Stark conhece em um congresso científico em Berna (Suíça), a bióloga Maya Hansen (Rebecca Hall, foi só um rosto bonito e um respaldo para a trama) e o cientista Aldrich Killian (Guy Pearce até tentou ser ameaçador). Anos mais tarde Maya e Killian retornam, agora unidos pois ela como criadora da tecnologia Extremis, método capaz de regenerar membros mutilados e converter os hospedeiros em bombas humanas, beneficiou Killian que se curou das próprias deficiências. E ele quer que as indústrias Stark colabore em seus projetos do I.M.A. No entanto, ele é mais uma vez rejeitado (já havia sido em 1999 quando Stark o ignorou no congresso) e isso nutre sede de vingança por parte do vilão. Já Maya apenas quer que Stark ajude-a a resolver as falhas do Extremis.

Para desviar a atenção dos efeitos do Extremis, a figura terrorista Mandarim (Ben Kingsley, que figura!!!) surge com seus discursos impactantes juntos com atentados pelo mundo exibidos em rede nacional. Em um destes atentados, o segurança pessoal de Stark, Happy Hogan (Favreau) é atingido por uma estranha explosão, o que gera a fúria de Tony e desafia o vilão para um duelo em sua própria casa. O resultado: a mansão do bilionário destruída e o próprio dado como morto. Entretanto, Stark está vivo em outra cidade investigando a natureza dessas explosões misteriosas que vêm ocorrendo e como chegar até Mandarim. Além de impedir o assassinato do presidente, objetivo de Killian que quer comandar o país através do vice-presidente que por sua vez almeja o Extremis para curar a deficiência de sua filha. Nesta situação, Stark contará com o auxílio do garoto Harley (Ty Simpkins ora fofo, ora chato) e JARVIS (Paul Bettany) em todo este processo.


Ou seja, como no segundo filme, temos dois vilões um em que o personagem ressentido só está ali para atrapalhar a vida alheia e outro medonho. Um dos momentos mais esperados é quando Stark fica cara a cara com Mandarim, porém uma reviravolta acontece de forma cômica e um tanto ridícula. A partir daí várias sequências de ações surgem, Rhodes reaparece e várias armaduras dão um show. Só é lastimável algumas situações que deixam lacunas e as cenas pós créditos não oferecem nenhuma ligação do que está por vir em próximos filmes da Marvel ou nos Vingadores 2. Parece que foi apenas um preenchimento a ser obedecido.

O filme peca muito no roteiro, é confuso, denso não traz uma profundidade na parte do terrorismo internacional. Se não fosse pela caracterização e as falas de Ben Kingsley como Mandarim, esta parte seria bem prejudicada. O mesmo não se pode dizer do próprio Mandarim, mas para compensar essa falha, a Marvel criou um curta só para o dito personagem disponível no Blu-ray de Thor 2 - O Mundo Sombrio. Excetuando isso, o filme em si está de parabéns em ação e nos efeitos que estão com mais dinamicidade e adrenalina pura.

 


Veja as fotos a trilogia aqui

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Filme Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)



Gênero: Aventura, Ação
Direção: Joe Johnston
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Hayley Atwell, Sebastian Stan, Dominic Cooper, Tommy Lee Jones, Stanley Tucci, Richard Armitage, Toby Jones, Neal McDonough, Derek Luke, Kenneth Choi, JJ Feild, Bruno Ricci, Lex Shrapnel, Michael Brandon, Martin Sherman, Natalie Dormer




70 anos depois, foi a vez de Capitão América fazer parte do Universo Cinematográfico Marvel em grande estilo superando as antigas versões. Criado em 1941 por Joe Simon e Jack Kirby na época da Segunda Guerra Mundial, o patriota norte-americano era um garoto magro de saúde frágil que almejava defender o país do inimigo nazista. O jovem atende pelo nome de Steve Rogers e no longa de 2011 foi interpretado pelo ator Chris Evans, atuação bem equilibrada entre bondade, inocência e espírito de liderança não só sob os efeitos que lhe deram a transformação para um corpo franzino, a mesma tecnologia empregada no filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" (a cabeça de Evans colocada digitalmente em outro corpo) como também foi excelente na fase de sua forma encorpada, após a experiência com o soro de super soldado, pela qual o personagem passa.


Com um elenco impecável, o filme mostra a gênese do herói com um roteiro muito bem elaborado, sem rapidez, ótimas falas e de fácil abordagem no contexto de época. De primeira somos apresentados ao vilão, o oficial nazista Johann Schmidt, o Caveira Vermelha (Hugo Weaving) que captura o Tesseract (um cubo que libera fortes energias) e junto ao Dr. Arnim Zola (Toby Jones) conseguem aproveitar as energias do objeto, e criar armas de destruição. Essa dupla foi esplêndida em seus respectivos personagens: Hugo Weaving, com ou sem aquela caracterização de Caveira Vermelha (bem detalhada, até na parte das narinas) era o vilão de pura frieza, ambição e crueldade. Não era mais um típico que tem ódio a flor da pele, mas é maléfico sem piedade com os subordinados, chegando a se sobrepor às ordens de Hitler. Tobey Jones é cativante e sua primeira aparição com o rosto atrás de uma lente traz a imagem clara do personagem característico nos HQs. Ele não é nada bonzinho, mas um medo personificado sob as ordens de Schmidt.












Em seguida, temos o já mencionado Steve Rogers que é rejeitado no Exército devido às suas condições físicas. Seu amigo Bucky Barnes (Sebastian Stan), até tenta convencê-lo a desistir da ideia. No entanto, sem perder a esperança, Rogers alista-se novamente e dessa vez o carismático Dr. Eskine (Stanley Tucci), um cientista alemão radicado nos EUA que desenvolveu o Soro do Super-Soldado e os Raios Vita, oferece-lhe ajuda e convence ao cético Coronel Chester Phillips (Tommy Lee Jones) que Rogers é a pessoa ideal para o exército e para experimento científico de "supersoldado".

Nesse procedimento, Rogers conta também com o apoio da agente britânica Peggy Carter (Hayley Atwell) e temos a participação de Howard Stark (Dominic Cooper) que junto ao Dr Eskine realizam a experiência com sucesso. Ainda assim o Coronel Chester Phillips não aproveita Rogers no exército e ele vira apenas um garoto propaganda realizando turnês com o traje colorido sob alcunha de Capitão América ​​para promover o bônus de guerra. Numa dessas turnês ele descobre que seu amigo pode estar em apuros (ou morto) e tenta resgatá-lo, infiltrando-se na fortaleza da H.I.D.R.A - organização de Schmidt. A partir daí o mundo conhece o verdadeiro Capitão América, que conta com aliados para lutar contra o inimigo.



O time de atores fecha bem o longa, desde o protagonista ao vilão. A mocinha é surpreendente, não é frágil, é mulher forte, com uma personalidade firme que ganhou até um curta metragem Agent Carter (edições Blu-ray de Homem de Ferro 3). Hayley Atwell mostrou que uma mocinha pode se apaixonar sem ser tipicamente aguada. E palmas para Tommy Lee Jones que mesmo sendo o rabugento Coronel Chester Phillips, consegue soltar piadas sem pretensões. Stanley Tucci transmite tanta ternura no personagem que imprime um sentimento quase paternal em relação ao protagonista. E o Sebastian Stan, na pele de Bucky Barnes, aproveitou bem seus momentos de aparição.













É interessante ver os links que a Marvel faz com os personagens em seu filme gerando um universo infinito de elementos e dando ao espectador pistas do que está por vir ou alguns antecedentes que explicam o presente, como por exemplo o Howard Stark, vivido por Dominic Cooper que encarnou bem o personagem dotado de ousadia, charme e inteligência, o que explica a o jeito herdado de Tony Stark. Outro momento interessante é uma cena da feira em que Steve tentou se realistar e aparece o uma exposição do Tocha Humana original, um androide. O destino de Bucky Barnes, o que sugere o futuro Soldado Invernal. A presença rápida, como não podia faltar, de Stan Lee, como um oficial de alta patente. A lenda mitológica e magia de Asgard. O Tesseract que retorna em "Os Vingadores". Falando nisso, as cenas pós créditos já anunciam com a presença de Nick Fury que mais um membro estará na equipe dos heróis.

O filme possui um equilíbrio perfeito dentro do contexto de época, cenas que precedem certas ações (Steve com a porta de um carro como escudo), outras que brindam com efeitos especiais, o figurino e cenários muito bem caracterizados da década de 40 o que realça a fotografia. Sem contar o grand finale bem emotivo. Não se pode esperar um filme cheio de ação, explosões (mesmo sendo na Segunda Guerra) e um grande confronto entre o bem x mal (ponto negativo do filme na cena com Capitão América e o Caveira Vermelha), mas é inegável que o filme possui um teor adequado dentro do contexto de época, respeitando todos os pontos que costuram a trama. Assim como a trilha sonora, com ritmo suave, clássico, tensões e clímax bem envolvente.

Agora é aguardar o tão esperado "Capitão América - O Soldado Invernal" e torcer que seja tão bom ou melhor que o antecessor.























terça-feira, 1 de abril de 2014

Vilões de Batman (Quadrilogia x versão de Nolan)

Eis aqui um quadro comparativo dos vilões de Batman das versões anteriores e da versão do diretor Christopher Nolan. Qual versão é a melhor????

Vilão  Bane,  interpretado  pelo ex-lutador de wrestling Jeep Swenson em "Batman & Robin" (1997) e pelo ator Tom Hardy, no filme "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" (2012).















Mulher-Gato, por Michelle Pfeiffer em "Batman - O Retorno" (1992) e 20 anos depois foi a vez de Anne Hathaway em "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" (2012).















O Coringa, que em 1989 no filme  Batman, foi vivido por Jack Nicholson e em 2008 a versão do personagem foi interpretada por Heath Ledger em "Batman - O Cavaleiro das Trevas".















Duas Caras, o vilão que foi interpretado em 1996 pelo ator Tommy Lee Jones em "Batman Forever" e em 2008 o papel foi revivido por Aaron Eckhart, em "Batman - O Cavaleiro das Trevas"














E aí, qual versão é a melhor desses vilões???
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