Thor - O Mundo Sombrio |
Gênero: Ação
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Don Payne, Robert Rodat
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Stellan Skarsgård, Christopher Eccleston, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Kat Dennings, Ray Stevenson, Zachary Levi, Tadanobu Asano, Jaimie Alexander, Rene Russo, Anthony Hopkins, Chris O'Dowd, Clive Russell, Graham Shiels, Richard Whiten.
Dirigido por Alan Taylor (de Game of Thrones), a sequencia de Thor (2011) superou ao primeiro longa em vários pontos. A começar pelo protagonista que agora está mais seguro de si, destaque também vai para o belo cenário de Asgard e os demais reinos com a arquitetura mais esplendorosa que o longa anterior aliada aos efeitos especiais e ao figurino, os quais realçam a fotografia. O roteiro apresenta uma narrativa com uma dosagem certa de humor, ação e dramaticidade. E o antagonista mais querido do cinema, o Loki (Tom Hiddleston), que com sua presença ofusca o personagem-título, o Thor (Chris Hemsworth), dá um show de interpretação que faz jus a divindade deus da trapaça, dando sentido literal à expressão. Pena que sua figura se faz pouco presente, mas quando aparece é com muita irreverência e graça.
Embora o roteiro possua tons bem elaborados despertando várias emoções, a dupla Don Payne e Robert Rodat pecaram nas coincidências dos acontecimentos com muita obviedade e nos clichês relacionados ao vilão Malekith, interpretado por Christopher Eccleston.
A referência inicial do filme são as consequências dos
acontecimentos em Os Vingadores, com Loki preso em Asgard por conta de seus atos
em Nova York e Thor junto com a Deusa Sif (Jaimie Alexander)
e os três guerreiros Fandral (Zachary Levi), Volstagg (Ray
Stevenson) e Hogun (Tadanobu Asano), colocando ordem aos nove reinos.
No entanto, todo o Universo continua em perigo, pois o
líder dos elfos negros, Malekith, derrotado
por Bor (avô de Thor) há 5 mil anos, retorna no intuito de encontrar a arma
capaz de trazer a escuridão ao universo, o Éter, que fora escondido por Bor
para que ninguém o encontrasse, uma vez que era impossível destruí-lo.
Malekith (Christopher Eccleston) com os Elfos Negros e o tenente Algrim transformado em Kurse |
Entretanto, a tal arma é encontrada coincidentemente por Jane Foster (Natalie Portman), em Londres, que tenta levar a vida adiante, mas sem desistir de reencontrar o Deus do Trovão. Ela e seus estagiários encontram uma fábrica abandonada cujo lugar contraria a lei da gravidade, e ao averiguar as causas desse efeito, Foster é sugada por um vórtice, justamente no lugar onde está o Eter que entra em seu corpo infectando-lhe. Tal fato desperta Malekhi de seu sono milenar que, com sede de vingança, retoma seu antigo desejo de dominar o universo.
Eis que surge o Thor para ajudar a sua amada e levá-la à Asgard. Lá eles descobrem
que está prestes a acontecer um alinhamento cósmico dos reinos.
Coincidentemente, é o momento propício para Malekith pôr em prática seu desejo.
Logo, Thor tentará impedir os planos do inimigo contando com os amigos e
aliando-se a Loki.
Nota-se que o roteiro ligou todos os pontos de uma forma forçada para tentar
juntar Thor e Jane Foster, o que deixou tudo óbvio demais. E o vilão só
tem esse rótulo por conta de seus objetivos e a maquiagem porque o jeito dele
não é tão intimidador assim. Dentro da fórmula de bem x mal, a presença
ameaçadora do vilão convence por causa da batalha travada com Thor cujo único
fim de impedir a destruição do Universo. Ou seja, confronto e objetivos bem
clichês.
Em relação aos demais personagens houve um bom desenvolvimento, porém curto
como a Deusa Sif que às vezes pareceria emplacar o triângulo amoroso com Thor e
Jane, mas não foi muito além. René Russo como Friga, esposa de Odin, teve voz e
bravura, mesmo de forma breve. Heimdall (Idris Elba) não ficou tão limitado como guardião da
ponte. Aqui ele ultrapassa de sua função. Odin (Anthony Hopkins), dispensa comentários. Continuou
com a sua mesma fórmula como no filme anterior: brilhantismo e bravura. Como
era de esperar, o já citado Loki rouba a cena. O carisma de Hiddleston atinge
seu personagem com maestria com momentos imprevisíveis e reviravoltas dentro da
trama. O trapaceiro consegue transitar em todas as emoções possíveis,
envolvendo o espectador.
No outro núcleo, Natalie Portman como Jane Foster dá conta do recado sem ir muito além. A atriz
Kat Dennings (Darcy) não está tão forçada como antes. Suas piadas estão naturais sem
pretensões. Agora com o estagiário (Jonathan Howard) ao seu lado, a moça emplaca bons diálogos e
momentos divertidíssimos. Junto à comicidade, o Dr. Erick Selvig (Stellan Skarsgård) consegue levar
o público ao riso devido às consequências pós-traumáticas que o personagem
passou nas mãos de Loki em Os Vingadores.
As cenas de ação são épicas e emocionantes, não é tão sanguinário (como se e
de esperar), mas a batalha ganha uma particularidade sensacional com direito
aos vai e vem de portais entre os mundos. Até o martelo Mjolnir ganha destaque
ao mover-se durante a sequência.
Thor: O mundo Sombrio é um filme que apresenta suas falhas, mas funciona bem
já que sua produção é bem superior a primeira. Há um misto de emoções e
diversão, com a tradicional participação de Stan Lee e a especial do Capitão
América (Chris Evans). E como nas produções anteriores da Marvel, o filme
introduz duas cenas pós-crédito: uma com um gancho para Guardiões Da
Galáxia tendo a participação de Benício Del Toro como o Colecionador
e a outra apenas para realçar o bom humor que o filme conseguiu provocar.
Veja fotos do filme aqui
Veja fotos do filme aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário