Um filme que quebra a expectativa mas sem perder o encanto.
Espelho, Espelho Meu |
Gênero: Fantasia e Comédia.
Direção: Tarsem Singh
Roteiro: Mellissa Wallack, Jason Keller
Elenco: Lily Collins, Julia Roberts, Nathan Lane, Armie Hammer, Sean Bean, Mark Povinelli, Jordan Prentice, Danny Woodburn, Sebastian Saraceno, Ronald Lee Clark, Martin Klebba, Joey Gnoffo, , Robert Emms, Mare Winningham, Michael Lerner.
Era uma vez, um conto de fadas que ganhou uma moderna versão cinematográfica...
Pois bem, assim é o filme “Espelho, espelho meu” baseado no
conto Branca de Neve dos irmãos Grimm e conta com a direção do indiano Tarsem
Singh e com elenco formado por Lily Collins, Julia Roberts, Armie Hammer, Nathan Lane
e Sean Bean.
Do gênero fantasia com pitadas de comédia e aventura, o filme
não é uma adaptação fiel do conto ou mesmo do desenho animado da Disney, pois
vemos as seguintes diferenças:
- Uma Rainha má com intenção de se casar com o Príncipe rico, o qual se apaixonará pela Branca.
- As ordens da Rainha para matar a Branca na Floresta são dadas a seu lacaio e não ao caçador como na versão original.
- A Rainha não só conversa com Espelho, mas o mesmo é um portal em que a megera entra nele dizendo as palavras mágicas “Espelho, espelho meu”.
- Neste filme é a Branca que beija o Príncipe para livrá-lo do feitiço da Rainha Malvada e não o contrário.
- O pai da Branca de Neve, vivido por Sean Bean, é dado como morto na trama, mas no final é revelado que ele foi apenas mais uma vitima da Rainha (transformado num monstro da Floresta).
- Os sete anões não trabalham na mina e sim são assaltantes da floresta que roubam quem por ali passa.
- Os nomes dos sete anões são totalmente diferentes da versão da Disney: Grimm, Açougueiro, Lobo, Napoleon, Tampinha, Rango e Risadinha.
O filme começa com uma narração da Rainha, dando a entender
que tudo parte da visão dela. E isso cria certa expectativa porque seria uma
versão contada de outro ângulo e entenderíamos o porquê da Rainha odiar a
Branca de Neve. E também as diferenças desta versão do conto, como por
exemplo, os anões serem bandidos.
No entanto a narrativa se perde no desenrolar da trama como
se houvesse esquecido de que alguém estava contando e no final do filme essa
voz retorna, mas sem a característica subjetiva da Rainha, é apenas uma voz que
finaliza o filme.
Com um toque de modernidade e excentricidade no figurino e cenários, os
personagens também ganham características próprias inovando a história: Branca
de Neve, vivida por Lily Collins é uma jovem meiga, doce e também decidida.
Ganha maturidade ao sair do reino (escondida da Rainha) e ver a
realidade do povo que sofre com os abusos e exploração da Rainha. Com os anões, ela aprende ser astuta e se torna uma líder deles brigando por justiça e pelo trono que a Rainha ocupa.
A Rainha Malvada (madrasta de Branca) é muito bem representada pela Linda Mulher
Julia Roberts, que aliás roubou a cena com uma ótima atuação na pele de uma realeza excêntrica, vaidosa que se
submete a vários processos de tratamentos loucos de SPA
(como ferroadas de abelhas nos lábios para torná-los grossos,
máscara facial com fezes de ave, limpeza de pele com lagartas, e assim por
diante), cobra impostos para
encobrir seus gastos e faz uso de magia negra para conseguir o que quer, no final haverá um preço por tudo aquilo que ela utiliza.
Como o braço direito da Rainha, temos o gracioso Nathan Lane
interpretando o lacaio Brighton. O ator soube usar bem a comicidade em sua
fala. Não gera uma gargalhada, mas foi suficiente para realçar o bom humor no filme, principalmente em sua atuação quando é transformado em barata como
castigo por ter mentido para Rainha que matou a Branca de Neve.
O Príncipe Alcott encarnado pelo galã Armie Hammer (A rede
social e J. Edgar) é um jovem que viaja pela Floresta com seu servo, em busca
de aventura. O que tem de lindo tem também de desastrado, pois o Príncipe sempre
é alvo de assaltos pelos anões e resgatado sem roupas (uma imagem que é um
verdadeiro colírio para a Rainha). Também torna-se uma vítima dos feitiços da Rainha, agindo como um cãozinho - a atuação foi exagerada mas não deixou de perder a graça.
Os sete anões, totalmente diferente da versão original (o
que frustra um pouco aos amantes de contos de fadas) vivem na Floresta
saqueando aos que passam ali e a justificativa, segundo eles, de viverem assim é
porque foram rejeitados pelo reino depois que a Rainha os qualificou de
indesejáveis, assim, eles perderam o emprego que tinham e passaram a viver dessa forma. Todos eles têm o seu carisma e suas singularidades de acordo com as
personalidades.
Espelho, Espelho Meu é um filme que quebra a expectativa
daqueles que acham que sabem a narrativa tendo como base o conto ou o filminho
da Disney. Claro que segue com a mesma linha de confronto entre Rainha x Branca
de Neve, mas com suas diferenças.
Possui uma história bem divertida, cômica, com
diálogos engraçados cujo roteiro é de Melissa Wallack e Jason Keller. Os cenários coloridos e exóticos e os
personagens proporcionam ótimas cenas e grandes destaques em toda a trama. Até os créditos finais consegue manter o bom humor, pois
mostra como cada anão seguiu com as suas vidas e o “felizes para sempre”
encerra em um clima bollywoodiano, com o Reino livre da Rainha (virou uma bruxa feia e velha) e o rei (Sean Bean) de volta ao poder.
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Estou com esse filme aqui em casa há meses e ainda não me interessei em assistir !
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